Direção-Geral da Saúde revela que 11 casos de sarampo estão confirmados e há mais 12 em fase de investigação. Francisco George admite que há situações “graves e preocupantes”
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou esta segunda-feira para a necessidade de os pais vacinarem os filhos "sem hesitação" e revelou que desde janeiro foram notificados 23 casos de sarampo em Portugal.
Segundo a DGS, dos 23 casos notificados, 11 foram confirmados pelo Instituto Ricardo Jorge e os restantes 12 estão ainda em fase de investigação.
Em entrevista à Antena 1, o diretor-geral de Saúde Francisco George admitiu que há “casos graves e preocupantes” de sarampo no país, fruto de uma “atividade epidémica”.
A imprensa no fim de semana revelou que há seis casos de internamento por sarampo na região de Lisboa, um dos quais uma adolescente que teve de ser transferida em estado grave de Cascais para o Hospital D. Estefânia.
Segundo divulgou o Expresso no domingo à noite, a transferência foi feita para o Hospital D. Estefânia porque era a única unidade "com quartos de pressão negativa e cuidados intensivos necessários para este tipo de situações".
Citando a diretora-geral do Hospital de Cascais, o Expresso revelou ainda que a jovem faz parte de um grupo de seis casos de menores que deram entrada em Cascais com sarampo.
A primeira infeção terá sido detetada numa criança de 13 meses, não vacinada, que deu entrada no hospital a 27 de março, tendo depois contagiado cinco funcionárias, que como estavam vacinadas tiveram a doença mas de forma mais leve.
A DGS informou ainda que hoje, pelas 18h30, emitirá um comunicado pormenorizado sobre este assunto.
O sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave ou mesmo a morte. É evitável pela vacinação e está, há vários anos, controlada em Portugal.
Consideram-se já protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que têm duas doses da vacina, no caso dos menores de 18, e uma dose quando se trata de adultos.
Mais de 500 casos de sarampo foram reportados só este ano na Europa, afetando pelo menos sete países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
In “Expresso”