Madeira tem nível de cuidados de saúde semelhante ao nacional
O Cancro da próstata continua a ter maior prevalência do que o cancro da mama na mulher. Os números na Região estão em linha de conta com os dados nacionais.
O projeto “Encontro regional - um dia pela vida 2017” arrancou ontem na Câmara do Funchal.
O cancro da próstata continua a somar mais diagnósticos do que o cancro da mama nas mulheres. O alerta é do diretor clínico do Núcleo Regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que diz que a Madeira tem, na «maioria dos casos», um nível de cuidados semelhante ao nacional.
De acordo com os dados nacionais mais recentes, no que diz respeito aos homens, «o cancro da próstata tem uma incidência de cerca 120 casos por 100 mil habitantes», seguindo se o cancro da traqueia, brônquios e pulmão, com 57 casos por 100 mil habitantes, o do estômago, com 34,8 casos, o do reto, com 29,7, e o da bexiga, com 27,9, esclarece Hugo Gaspar.
No que concerne à mulher, o cancro da mama é o mais diagnosticado, com uma incidência de 118 casos por 100 mil habitantes. A este segue-se o do «cólon, com 39 casos por 100 mil habitantes, o da glândula tiroideia, com 23, o do estômago, com 21, o do corpo do útero, com 18, e o do reto, com 16».
O especialista, que abordou ontem o tema no “Encontro regional - um dia pela vida 2017”, organizado pelo Núcleo Regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro e pela Câmara Municipal do Funchal, adiantou que os valores regionais «estão em linha de conta com o panorama nacional», havendo diferenças pouco significativas.
Hugo Gaspar destacou ainda que a prevenção e o diagnóstico precoce através do rastreio, bem como a mudança de mentalidade em relação ao cancro, são determinantes para lidar com a doença.
Na ocasião, o presidente da instituição, Ricardo Sousa, avançou que a Liga está a criar a «valência dos sobreviventes», uma nova unidade que será «coordenada pelas doutoras Carla Almeida e Rita Pestana» e que só vem demonstrar que «são já muitos os sobreviventes».
O presidente da Câmara Municipal do Funchal, por seu lado, defendeu uma maior aposta na «literacia da saúde» e na promoção de uma vida ativa por parte das autarquias.
«Temos que assumir mais responsabilidades quanto à prevenção de doenças como o cancro», disse Paulo Cafôfo.
Tânia R. Nascimento
In “Jornal da Madeira”