A 3 de Outubro começa período experimental, com os suportes papel e electrónico

A partir do início do próximo ano, o serviço público de saúde da Madeira (SESARAM) deverá passar a usar exclusivamente a receita electrónica, desaparecendo o papel. A única excepção previsível é a falência do sistema informático, algo que pode sempre acontecer. Mas, para já, o início de Janeiro, para a desmaterialização completa das receitas médicas, é o objectivo da Secretaria da Saúde.

 A 3 de Outubro começa período experimental, com os suportes papel e electrónico

 

Élvio Passos

 

A partir do início do próximo ano, o serviço público de saúde da Madeira (SESARAM) deverá passar a usar exclusivamente a receita electrónica, desaparecendo o papel. A única excepção previsível é a falência do sistema informático, algo que pode sempre acontecer. Mas, para já, o início de Janeiro, para a desmaterialização completa das receitas médicas, é o objectivo da Secretaria da Saúde.

 

Antes disso, na segunda-feira, dia 3 de Outubro, João Faria Nunes fará a apresentação pública do início de um período experimental, em que a receita electrónica vai conviver com a de suporte em papel. Será um período em que, como é de prever, será testada a utilização exclusiva do meio electrónico e corrigidos os erros que vierem a ser detectados.

 

Nesse processo, que deverá decorrer até ao dia 31 de Dezembro deste ano, vão participar nos testes várias farmácias, que não serão divulgadas quais. A definição das que vão integrar o período experimental vai caber à ANF – Associação Nacional de Farmácias - e a não divulgação de quais são acontece para evitar que os utentes procurem preferencialmente essas farmácias, em detrimento das demais, causando, assim, alterações ao funcionamento do mercado.

 

Do ponto de vista do utente, para já, nada muda. Ainda que passe a haver uma receita desmaterializada, que vai estar acessível nas farmácias que integrem esta fase, será entregue uma receita em papel ao utente. Só a partir de Janeiro é que deixa de haver receita em papel. Nessa altura, ao utente, bastará dirigir-se a uma qualquer farmácia e indicar o seu número para que, quem o atende, tenha acesso à prescrição médica.

 

O secretário da Saúde fala nas vantagens do sistema, que permite reduzir os custos, aumentar a segurança e o controlo da prescrição (para, em simultâneo, controlar os custos e as eventuais fraudes).

 

João Faria Nunes destaca, a importância do trabalho do Núcleo Informático do SESARAM e do IASAÚDE em todo o processo operacional de transição para a receita desmaterializada. Uma das vantagens, ainda que secundária, da adopção integral do sistema desmaterializado de prescrição de medicamentos é a utilização dos dados gerados para fins estatísticos. Tornar-se mais simples e fiável a sua recolha.

 

Pediatria mais humanizada

 

A implementação da receita electrónica implica a instalação de dispositivos de leitura do Cartão do Cidadão nas farmácias, o que teve início em Fevereiro de 2015 no País. Daí para cá, o processo tem sido gradual e, agora, chega à Madeira. João Faria Nunes diz que as farmácias estão preparadas.

 

A Humanização dos serviços de saúde faz-se com pequenos passos. Nesse sentido, o SESARAM entendeu adequado mudar ligeiramente a chamada das crianças que vão à Urgência Pediátrica do Hospital.

 

Naquele serviço existem ecrãs de televisão, que transmitem a emissão do canal Panda. Quando um médico chama uma criança para a atender, a emissão passa a ocupar apenas parte do ecrã e o nome do doente aparece, com a indicação do gabinete médico em que vai ser atendida, no restante espaço (do mesmo ecrã).

 

Este sistema está a funcionar desde a terça-feira, dia 6 deste mês.

 

Fonte: Diário de Notícias