Gripe “apressada” teve pico no Natal O pico da gripe costuma ser em fevereiro mas, este ano, a maior atividade do vírus foi no Natal. Desde então, houve um decréscimo de 36% dos casos.
O pior da gripe já passou. Ao contrário de outros anos, em que o pico da doença acontece em fevereiro, a atividade gripal está muito baixa nesta altura do ano, sendo que a semana do Natal foi aquela que registou maior afluência às urgências do hospital e dos centros de saúde da Região. Desde então, houve um decréscimo de 36% dos casos, conforme refere ao JM o novo presidente do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais.
Herberto Jesus adianta que, neste momento, há 52 a 54 casos por cem mil habitantes, o que é considerado bastante normal para a época. Ainda assim, e questionado sobre se a Região está preparada para tomar medidas de resposta a um eventual surto - como aconteceu no continente - o presidente do IASAÚDE garante que sim.
«O IASAÚDE fornece a informação e atua como preventivo e o SESARAM tem o seu sistema operacional que já está preparado. Se for necessário abrir os serviços de saúde com serviço de urgência num número mais elevado de horas, tal acontecerá. Está tudo pensado e até está pensado destinar áreas do próprio hospital para essas situações. O sistema está montado, os diferentes intervenientes estão a postos», diz Herberto Jesus, referindo que essa é uma hipótese pouco provável mas que pode acontecer se as temperaturas baixarem repentinamente.
TAXA DE VACINAÇÃO
Entretanto, e no que toca ao plano de vacinação contra a gripe, Herberto Jesus realça que a taxa de cobertura da população de risco é das maiores de sempre: 51%.
A população de risco (pessoas com mais de 65 anos, grávidas, imunodeprimidos e profissionais de saúde) está vacinada. O vírus que foi detetado, o subtipo A H3N2, é um vírus que está coberto pela vacina que foi fornecida. Isto diminui a severidade numa circunstância de ter uma gripe», explica o presidente do IASAÚDE.
SEM MORTES
Duas pessoas com gripe chegaram a necessitar de ficar nos cuidados intensivos. Estas teriam outros problemas de saúde. Daí que seja sempre recomendado que quem é mais frágil tome a vacina todos os anos.
Sobre as precauções a tomar na época de frio, Herberto Jesus lembra que «é preciso andar agasalhado, beber coisas quentes, comer sopas». Além disso, em caso de síndrome gripal, convém que não se vá logo nos primeiros dias para uma unidade de saúde. É que, tanto os centros de saúde como o hospital são zonas onde existe muito contacto com microrganismos. «Ao evitar ir ao hospital ou ao centro de saúde, o doente está a proteger-se e a evitar a transmissão da doença».
Refira-se que há ainda 2.147 vacinas gratuitas por administrar.
Carla Ribeiro
Fonte: Jornal da Madeira