O secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, disse que o Governo Regional foi informado de que, “provavelmente”, iriam haver “alterações no funcionamento da ADSE”. Mas fez questão de sublinhar que o “problema foi criado pela própria ADSE” e não pela Região.

 

“Estas alterações tinham a ver com o tipo de comparticipação que passaria a existir, uma vez que, até 2017, a Região comparticipava as consultas e os meios complementares de diagnóstico, e os medicamentos ficavam para a ADSE”, afirmou à margem da reunião realizada, esta tarde, no Centro de Saúde da Camacha.

 

Segundo o governante, “a partir do novo modelo de financiamento da ADSE, desde 1 de Janeiro de 2018, a situação invertia-se”, pelo que “a Região passava a comparticipar os medicamentos e a ADSE comparticipava as consultas e os meios complementares de diagnóstico e terapêutico”.

 

O que acontece é que agora “a ADSE não fez contratualizações com todas as entidades privadas da Região e também do país e isso tem criado um problema”, mas reforçou que toda esta situação foi gerada pela ADSE e não pela Região Autónoma da Madeira.

 

“O IASAÚDE [Instituto de Administração da Saúde, IP-RAM] o que está a fazer, neste momento, é assegurar todas as comparticipações independentemente de onde é que elas possam prever, porque se a portaria não deu entrada, a nível nacional, na Região mantém-se a situação que mantínhamos em 2017”, explicou.

 

Pedro Ramos afirmou que “se eventualmente algumas entidades privadas já estão a proceder de maneira diferente, o que a população precisa de saber é que o IASAÚDE está a comparticipar tal como comparticipava em 2017”.

 

Porque esta é uma situação que “terá que ser esclarecida” o mais rápido possível, o secretário regional da Saúde revelou que, ainda hoje, falou com Carlos Baptista, presidente da ADSE, tendo lhe sido transmitido que “estava para breve a aprovação do conselho de ministros do novo modelo de actuação da ADSE”.

 

“Aquilo que nós vamos procurar fazer, também a nível da Região Autónoma da Madeira, é que a ADSE alargue a sua contratualização com mais entidades privadas, no sentido de favorecer a população. Uma coisa que nós podemos dizer é que qualquer utente da RAM, antes de pertencer aos quadros da ADSE, é utente do Serviço Regional de Saúde e, como tal, é comparticipado por este serviço como sempre foi até agora”, rematou.

 

In “Diário de Notícias”