A intervenção preventiva pretende fornecer aos indivíduos e/ou a grupos específicos informação e competências necessárias para lidarem com o risco associado ao consumo de substâncias psicoativas e outros comportamentos de risco. A prevenção e a promoção da saúde mental devem contemplar a avaliação dos fatores protetores/indicadores positivos para além dos fatores de risco e indicadores de doença mental, sendo as estratégias preventivas destinadas à população geral, a subgrupos e a indivíduos, com aplicação nos domínios individual e grupal desenvolvidas em diferentes contextos (Keyes, 2006; O'Connell et all, 2009; WHO, 2004;).
Os modelos compreensivos e de influência social indicam que existem fatores de risco e de proteção que influenciam as atitudes e os comportamentos dos sujeitos em relação ao consumo de substâncias psicoativas. Estes fatores, de natureza biológica, psicológica e social, são internos ou externos aos indivíduos e atravessam os vários domínios da sua vida (Jessor, Turbin & Costa, 1998; Iglesias, 2002; Substance Abuse and Mental Health Services Administration [SAMHSA], 2002).
O enfoque atual ao nível da concetualização e desenho da intervenção preventiva, baseado nos modelos compreensivos e de influência social referidos, centrado na avaliação da vulnerabilidade e do risco de ocorrência de uma doença, é operacionalizado em três níveis de intervenção2 (IOM, 1994, 2009):
- Prevenção Universal, dirigida à população geral sem prévia análise do grau de risco individual. Toda a população é considerada como tendo o mesmo nível de risco em relação ao abuso de substâncias e como podendo beneficiar dos programas de prevenção. Os programas de prevenção universal variam no tipo, estrutura e duração. Os seus componentes contemplam a informação e o desenvolvimento de competências.
- Prevenção Seletiva, dirigida a subgrupos ou segmentos da população geral com características específicas identificadas como de risco para o consumo de substâncias psicoativas. O risco é avaliado em função dos fatores que o grupo apresenta em relação ao abuso de substâncias, não sendo avaliado o grau de risco individual. Os programas de prevenção seletiva são de média ou longa duração, variam no tipo e estrutura e os componentes contemplam a informação e o desenvolvimento de competências.
- Prevenção Indicada, dirigida a indivíduos com comportamentos de risco, que exibem sinais de uso de substâncias psicoativas ou que apresentam outros comportamentos de risco ou problemáticos de dimensão subclínica. É avaliado o nível de risco individual. Os programas de prevenção indicada são de longa duração, variam no tipo e estrutura e os componentes contemplam tal como nos níveis anteriores a informação e o desenvolvimento de competências (IOM, 1994; 2009).
Paralelamente a esta concetualização, no âmbito da intervenção preventiva tem vindo a ser desenvolvida uma outra abordagem, denominada Prevenção Ambiental, cujo enfoque se dirige às normas sociais, ou seja, na definição de estratégias globais que intervêm ao nível da sociedade e dos sistemas sociais.
Estas estratégias visam a alteração dos ambientes culturais, sociais, físicos e económicos que influenciam as escolhas individuais do uso de SPA e outros comportamentos aditivos. Neste âmbito, inserem-se, por exemplo, medidas legislativas nacionais relativas ao uso de SPA lícitas e ilícitas que se traduzem, entre outros, na definição de limites etários mínimos para a venda de SPA lícitas, a taxação fiscal dos produtos, a exposição a mensagens publicitárias, ou ainda, medidas normativas criadas em contextos específicos, como o meio escolar, que regulamentam o uso de álcool e de tabaco para todos seus elementos e definem procedimentos a utilizar para a sinalização e intervenção no uso de SPA nesses contextos (EMCDDA, 2011).
Fonte:
Vilar G., Pissarra P., Frango P., Melo R. (2013) Linhas Gerais de Orientação à Intervenção Preventiva nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências. SICAD
Segundo Gordon (1987), dirigida à população em geral. Tem como objetivo prevenir ou retardar o uso e o abuso de drogas lícitas e ilícitas. Todas as pessoas da população partilham o mesmo risco geral em relação ao abuso de substâncias, apesar do nível do risco variar entre os indivíduos.
Segundo Gordon (1987), dirige-se a indivíduos com comportamentos de risco que apresentam problemas familiares, escolares e de relacionamento ao nível do grupo de pares, ou seja considerados de grupo de alto risco. O objetivo dos programas de prevenção indicada é a redução dos primeiros consumos, da duração e dos comportamentos de risco e o atraso no início do abuso e da intensidade do consumo de substâncias.
Segundo Gordon (1987), dirige-se a subgrupos da população geral que estão em risco de consumirem substâncias, independentemente do risco individual – por exemplo: filhos de pais alcoólicos, indivíduos em situação de abandono escolar ou com insucesso escolar.
Segundo Clayton (1992), “um atributo ou caraterística individual, condição situacional e/ou contexto ambiental que aumenta a probabilidade de uso/abuso de drogas”.
Toda e qualquer substância psicoativa proibida por lei.
São drogas cuja produção, uso e comercialização são permitidos por lei, como exemplo temos as bebidas alcoólicas e o tabaco. Apesar da sua legalidade, a quantidade, a frequência e a quantidade do seu uso podem causar danos na saúde do indivíduo.
Planta da qual é extraída a nicotina, principal substância do tabaco. Possui alto poder aditivo, prejudica a digestão, causa taquicardia, da pressão arterial e da frequência respiratória e provoca tremores, insónia, náusea, diarreia, vómitos, cefaleia, tontura, fraqueza, dor no peito e sérios danos ao sistema respiratório, pode ocasionar doenças como pneumonia, enfisema pulmonar e infecção das vias respiratórias. O tabaco apresenta ainda várias substâncias que podem causar cancro em diversas partes do corpo, como boca, esófago, laringe, pulmão, rins, pâncreas e bexiga. O fumo do cigarro pode contribuir para o surgimento de cancro e doenças respiratórias até mesmo em pessoas que não fumam, mas convivem com fumadores. A maioria dos fumadores começa a fumar durante a adolescência. Além da nicotina, o cigarro contém um grande número de substâncias tóxicas, como o alcatrão e o monóxido de carbono.
Substância psicoativa.
1. As drogas não são tão perigosas como se diz. É sempre possível controlar o seu consumo.
Mito ou verdade? Mito – O consumo de drogas é muito imprevisível. Qualquer um de nós pode tornar-se dependente. Evite experimentar.
2. As pessoas só consomem drogas quando têm problemas.
Mito ou verdade? Mito – Os motivos relacionados com o consumo de droga variam de pessoa para pessoa e podem ser diversos, por exemplo: curiosidade, pressão dos amigos, desejo de viver novas experiências, desejo de questionar e transgredir regras, etc.
3. As drogas não afetam apenas as pessoas mais pobres.
Mito ou verdade? Verdade – O consumo de drogas ocorre em todos os estratos socioeconómicos e por isso, não pode ser considerado um problema directamente associado à falta de recursos económicos.
4. Nem todas as drogas são ilegais.
Mito ou verdade? Verdade – É frequente associarmos o consumo de drogas a substâncias proibidas por lei. No entanto, algumas das drogas mais consumidas na nossa sociedade são o álcool e a nicotina, cujo consumo é permitido legalmente.
5. O tratamento da dependência de drogas é um processo longo e difícil e, normalmente, sem resultados positivos.
Mito ou verdade? Mito – As adições são doenças crónicas e o tratamento embora possa ser longo e difícil, tem todas as possibilidades de sucesso quando há motivação do próprio, acompanhamento técnico adequado e apoio dos familiares e amigos.
6. As substâncias alucinogéneas (LSD, cogumelos, etc.) proporcionam sensações harmoniosas e agradáveis no contato com o meio envolvente.
Mito ou verdade? Mito – Os efeitos dos alucinogénios são muito imprevisíveis, podendo dar origem a experiências muito desagradáveis e até assustadoras (“Bad Trip”), com uma perda completa do controlo, desorientação, agitação, estados de pânico, sensação de perseguição, etc.
7. A mesma droga pode ter efeitos diferentes consoante a pessoa que a consome.
Mito ou verdade? Verdade – Os efeitos e consequências da utilização de drogas dependem de 3 fatores: a substância, a pessoa que a consome e o contexto em que é consumida.
Mito ou verdade? Verdade – A nicotina é uma substância psicoativa presente no tabaco com efeitos estimulantes no Sistema Nervoso Central, que causa enorme dependência. A paragem do consumo gera sintomas de abstinência como: intranquilidade ou excitação, ansiedade ou agressividade, dificuldade de concentração, aumento do apetite, etc.
9. É possível ser infetado com o vírus do HIV ou da hepatite B e C através do consumo de cocaína.
Mito ou verdade? Verdade – Apesar de ser maioritariamente inalada, a cocaína também pode ser injetada e qualquer droga injetável (cocaína, heroína ou outra) pode causar a transmissão de diversas infeções como o vírus do HIV e hepatite B e C, se as seringas e restantes materiais utilizados forem partilhados e não forem esterilizados.
10. Não se deve beber álcool e tomar ecstasy em simultâneo.
Mito ou verdade? Verdade – Não é aconselhável consumir ecstasy em qualquer circunstância. Associar ecstasy com bebidas alcoólicas ou muito açucaradas, aumenta a probabilidade de desidratação, pode conduzir a situações críticas para a vida da pessoa.
11. Consumir ecstasy ocasionalmente não faz mal.
Mito ou verdade? Mito – O ecstasy causa danos cerebrais irreversíveis mesmo quando consumido esporadicamente. Pode provocar inúmeros problemas como por exemplo: uma deterioração da personalidade, ansiedade, ataques de pânico, depressão, psicose, AVC e até morte súbita por colapso cardiovascular.
12. Misturar álcool com outras drogas, incluindo analgésicos e anti-histamínicos pode ser perigoso.
Mito ou verdade? Verdade – A mistura de álcool com certos tipos de medicamentos pode intensificar o seu efeito e causar reações muito negativas.
13. O álcool desinibe.
Mito ou verdade? Mito – Apesar do álcool poder induzir um estado inicial de inibição e euforia, trata-se duma substância depressora do Sistema Nervoso Central que causa sonolência, turvação da visão, descoordenação motora e muscular, diminuição da capacidade de reação, atenção e compreensão, amnésia, fadiga muscular, etc.
14. O haxixe não provoca dependência.
Mito ou verdade? Mito – O consumo de cannabis pode provocar dependência física e psicológica, embora a dependência física seja menos acentuada que a dependência psicológica. A paragem dos consumos pode dar origem a sintomas de abstinência como: ansiedade, irritabilidade, insónias, diminuição do apetite, etc.
Mito ou verdade? Verdade – A metadona é um opiáceo tal como a heroína. A sua administração terapêutica tem como objetivo evitar que a pessoa tenha sintomas de “ressaca” derivados da paragem do consumo de heroína. Como não produz os mesmos efeitos psicológicos que a heroína e exige normalmente uma única dose diária, é compatível como uma vida ativa, estável e organizada.
16. Fumar heroína é menos arriscado porque não se usa agulhas.
Mito ou verdade? Mito – A heroína é sempre perigosa, independentemente da forma como é consumida.
17. A marijuana permanece no organismo menos de 24 horas.
Mito ou verdade? Mito – O THC, princípio ativo da marijuana, acumula-se nos tecidos adiposos (gorduras) do organismo e, por isso, pode ser detetável numa análise à urina durante dias, até meses, dependendo da quantidade e frequência do consumo.
18. A cannabis é uma droga legal.
Mito ou verdade? Mito – A lei descriminaliza o consumo mas não o tráfico da cannabis e de outras substâncias psicotrópicas. Isso significa que a cannabis é ilegal embora o seu consumo não seja considerado um crime (punível). Se a pessoa tiver em sua posse uma quantidade limite consagrada na lei, é considerada consumidora (e não traficante), no entanto, pode ser penalizada com outro tipo de sanções que não a prisão.
19. Os homens toleram mais o consumo de álcool.
Mito ou verdade? Verdade – A concentração de álcool no sangue é influenciada pelo género. O álcool é absorvido mais rapidamente nas mulheres porque estas têm maiores níveis de gordura no organismo. Contudo, o nível de intoxicação alcoólica também depende do peso do indivíduo, da quantidade de álcool consumida e da rapidez do consumo.
20. As novas drogas não fazem mal à saúde porque podem ser adquiridas pela internet.
Mito ou verdade? Mito – As chamadas "Novas drogas" imitam os efeitos das substâncias ilícitas já conhecidas (ex: cocaína, ecstasy, cannabis, LSD). As informações difundidas nas lojas online são, na sua grande maioria, de muito má qualidade, informando pouco sobre os efeitos tóxicos e colaterais, e sobre os graves riscos para a saúde. Dão ênfase aos "aspetos positivos" aliciando o consumidor, que pode não saber bem o que compra e consome.
21. A cocaína causa uma elevada dependência psicológica.
Mito ou verdade? Verdade – A cocaína é uma das drogas que mais facilmente cria dependência psicológica, mesmo quando consumida em poucas ocasiões. A curta duração dos seus efeitos provoca um enorme desejo de repetir os consumos, dando facilmente origem a uma utilização compulsiva.
22. Fumar um cigarro relaxa e alivia o stress.
Mito ou verdade? Mito – O tabaco não tem propriedades relaxantes porque é um estimulante. A aparente sensação de alívio que se sente ao fumar um cigarro deve-se à supressão dos sintomas de abstinência produzidos pela falta de nicotina no cérebro.
23. Não dependo do tabaco, posso deixar de fumar quando quiser.
Mito ou verdade? Mito – A dependência do tabaco é difícil de interromper e para deixar de fumar há que se consciencializar seriamente sobre isso.
24. Quando se deixa de fumar passa-se muito mal. É pior o remédio que a enfermidade.
Mito ou verdade? Mito – É certo que quando se deixa de fumar, a dependência à nicotina provoca mal estar, no entanto é uma sensação temporal, uma vez que os benefícios são evidentes e aparecem poucos dias após abandonar o consumo.
25. Deixar de fumar faz engordar.
Mito ou verdade? Mito – Este mito é usado com frequência para não deixar de fumar. O abandono do tabaco pode levar a um aumento do peso, devido à maior ansiedade provocada pelo síndrome de abstinência, à melhoria do paladar e do olfato que podem contribuir para um aumento do peso. No entanto não se esqueça que só engorda conforme aquilo que come. Realize uma alimentação adequada e exercício físico moderado.
26. Beber álcool só aos fins-de-semana não produz danos no organismo.
Mito ou verdade? Mito – O dano que o álcool provoca depende do padrão de consumo, ou seja, da quantidade (maior quantidade, maiores danos) e da intensidade (a mesma quantidade bebida em menos tempo é mais prejudicial). Também existe o risco de poder converter-se num hábito, até ao ponto em que o indivíduo não consegue divertir-se sem beber.
27. O consumo de álcool ajuda a superar o cansaço, a estar mais animado e em forma.
Mito ou verdade? Mito – O consumo excessivo de álcool produz a perda de controlo sobre as emoções e sentimentos. Apesar de provocar numa fase inicial um efeito euforizante, o álcool tem consequências perturbadoras e depressoras, pelo que essa sensação inicial de bem-estar rapidamente se transforma num estado deprimido. O álcool produz uma maior fadiga física e maior sonolência. Também origina uma diminuição da força e coordenação motoras.
28. O álcool aquece e combate o frio.
Mito ou verdade? Mito – O álcool produz uma sensação momentânea de calor por dilatação dos vasos sanguíneos e porque o sangue dirige-se para a superfície da pele, no entanto em pouco tempo a temperatura interior do corpo diminui e sente-se mais frio. Por isso, em situações de embriaguez devemos abrigar e proporcionar calor à pessoa e nunca tentar despertá-la com duches frios.
29. O álcool alimenta.
Mito ou verdade? Mito – O álcool engorda mas não alimenta. Pelo contrário, aumenta a produção de gordura no organismo.
30. O álcool facilita as relações sexuais.
Mito ou verdade? Mito – O consumo abusivo de álcool dificulta ou impede uma relação sexual plena, no sentido em que pode provocar impotência e outras disfunções.
31. Beber pouco não afeta as capacidades para conduzir.
Mito ou verdade? Mito – Mesmo pequenas quantidades de bebidas alcoólicas têm efeitos ao nível da capacidade de concentração, da atenção, da motricidade e do tempo de reação. Para além disso, esta diminuição das capacidades não é percebida pelo consumidor que muitas vezes até julga que estão aumentadas.
32. Quem aguenta mais o álcool é porque é mais forte.
Mito ou verdade? Mito – Não existe relação entre força ou virilidade e aguentar um maior consumo de álcool. Se aguenta muito, tal pode dever-se ao facto do seu organismo já estar acostumado. Aqui diz-se que desenvolveu tolerância ao álcool e isso não significa que haja menor dano, bem pelo contrário, há maior risco de desenvolver uma dependência e tornar-se alcoólico.
33. A cannabis é um produto inofensivo para a saúde porque é natural.
Mito ou verdade? Mito – Produto natural e produto inócuo não são sinónimos. O tabaco e o ópio também são produtos naturais e ninguém duvida dos seus riscos. O consumo de cannabis provoca alterações no normal funcionamento do cérebro.
34. Os jovens consomem cannabis porque é proibido. Se fosse legalizado consumiam menos.
Mito ou verdade? Mito – As drogas mais consumidas entre os jovens são o álcool e o tabaco, e são legais.
35. A cannabis tem efeitos terapêuticos, pelo que não deve fazer mal fumar um “charro” de vez em quando.
Mito ou verdade? Mito – Os usos médicos da cannabis são realizados de forma controlada (por exemplo em doentes terminais) e não têm nada a ver com o seu consumo recreativo. Também existem medicamentos derivados do ópio e ninguém julga que consumir heroína seja um comportamento saudável.
36. Fumar cannabis é menos prejudicial que fumar tabaco.
Mito ou verdade? Mito – A cannabis contém muitos dos componentes cancerígenos existentes no tabaco e em maior quantidade (mais 50%). Além disso, a forma de consumo (fumada sem filtro e com aspirações profundas) aumenta o risco de desenvolver cancro. Tem efeito broncodilatador, o que favorece a absorção das substâncias tóxicas, e tal e qual como o tabaco também é prejudicial para os fumadores passivos.
37. A cocaína dá energia.
Mito ou verdade? Mito – A cocaína tem um efeito estimulante passageiro (dura entre 30 a 60 minutos). Depois ocorre uma intensa recessão que provoca cansaço, decadência e depressão.
38. A cocaína melhora as relações com as pessoas e ajuda a desinibir-se.
Mito ou verdade? Mito – O consumo abusivo produz irritabilidade e agressividade, pelo que, as relações sociais do consumidor se deterioram.
39. As relações sexuais sob os efeitos da cocaína são mais satisfatórias.
Mito ou verdade? Mito – O consumo habitual de cocaína diminui o desejo sexual e ocasiona problemas de erecção e ejaculação nos homens, podendo levar a produzir impotência e infertilidade.
40. Consumir drogas apenas aos fins de semana não faz mal.
Mito ou verdade? Mito – Consumir todos os fins-de-semana pressupõe consumir mais de 100 dias por ano, sem contar com os períodos de férias em que também se consome, o que corresponde a um risco enorme. Por outro lado, há que ter em conta que os efeitos do fim de semana muitas vezes se prolongam, afectando os dias seguintes.
41. A heroína, se fumada, pode ser controlada.
Mito ou verdade? Mito – A heroína, seja qual for a forma de consumo, produz uma forte tolerância e dependência, pelo que, o consumidor aumenta rapidamente a dose. Frequentemente se passa para a via injetável para poder obter efeitos mais intensos com a mesma quantidade.
42. As drogas sintéticas são inofensivas.
Mito ou verdade? Mito – Os efeitos negativos que se produzem imediatamente após o consumo são reconhecidos pelos próprios consumidores. Assim mesmo, os consumidores crónicos admitem graves problemas sobre a saúde física e mental e também sobre a sua vida social. As reações agudas por sobredosagem são relativamente frequentes. Algumas são graves e podem pôr em perigo a vida dos consumidores.
43. As drogas sintéticas são seguras.
Mito ou verdade? Mito – Os consumidores desconhecem tanto a composição exata da substância que ingerem (em algumas ocasiões, nem sequer se trata da droga que supostamente pretendem consumir), como as adulterações e as doses reais que consomem.
44. As drogas sintéticas têm efeitos afrodisíacos.
Mito ou verdade? Mito – Ainda que, numa primeira instância sejam utilizadas como ajuda para facilitar a aproximação sexual, a realidade é que estão longe de favorecer as relações sexuais, dificultando o orgasmo e, nos homens aumentam o risco de episódios de impotência. Além disso, o seu uso crónico produz uma redução do interesse pelo sexo e pelo prazer que este produz.
45. Não corro qualquer risco só por experimentar!
Mito ou verdade? Mito – É a partir da primeira experiência que começa o consumo de drogas. O risco que se corre advém do fato de se passar dos consumos esporádicos para os compulsivos, tornando-se assim viciado numa substância que só nos traz consequências negativas ao nosso organismo.
46. Os menores de idade não são penalizados pela lei por consumirem substâncias ilícitas.
Mito ou verdade? Mito – Com 16 anos já se é responsabilizado legalmente pelo consumo, posse ou plantação de substâncias ilícitas.
47. Tomar drogas provoca SIDA!
Mito ou verdade? Mito – Não é o consumo em si que provoca doenças como a sida e as hepatites, mas sim comportamentos associados aos consumos, como por exemplo a partilha de seringas, algodões, tubos ou qualquer material utilizado para o consumo, as relações sexuais desprotegidas e os contatos com sangue contaminado.
48. Uma festa sem álcool é aborrecida.
Mito ou verdade? Mito – O poder de diversão de uma festa depende das nossas capacidades de relação e de diversão.
49. As pessoas só consomem drogas porque têm problemas.
Mito ou verdade? Mito – Os motivos que estão por detrás do consumo de drogas variam, de pessoa para pessoa, por exemplo: curiosidade, pressão dos amigos, desejo de viver novas experiências, desejo de questionar e transgredir regra, etc. Muitos procuram nas substâncias um efeito “mágico” que lhes proporcione lidar com a realidade sem sofrimento. A verdade é que os problemas não desaparecem, as substâncias não resolvem nada e com o consumo de algumas substâncias os indivíduos perdem a capacidade de lidar com o real.
50. Existem drogas leves e drogas pesadas.
Mito ou verdade? Mito –Esta afirmação induz os indivíduos em erro. Segundo a organização Mundial da Saúde, "droga" é toda a substância, natural ou sintética, que altera o funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC), deprimindo-o, estimulando-o ou criando ruturas psicóticas, querendo dizer que não existem drogas leves ou pesadas. O seu consumo é que poderá ser considerado leve ou pesado, avaliando a quantidade e a frequência com que é consumida.
51. O tabaco só faz mal a quem fuma.
Mito ou verdade? Mito – O tabaco é a primeira causa de morte nos países industrializados. Um em cada dois fumadores morre por questões relacionadas com o tabaco. Os fumadores passivos também estão expostos ao fumo do cigarro, sofrendo efeitos imediatos como irritação nos olhos, tosse, dores de cabeça, aumento dos problemas cardíacos e respiratórios.
Sensação de necessidade de usar determinada droga para sentir bem estar. Muitas vezes os consumidores procuram os efeitos iniciais do uso da droga.
Conjunto de sintomas físicos e/ou psicológicos desagradáveis, manifestados nos indivíduos que suspendem bruscamente o consumo de substâncias psicoativas (SPA).
Segundo Gordon (1987), dirigida à população em geral. Tem como objetivo prevenir ou retardar o uso e o abuso de drogas lícitas e ilícitas. Todas as pessoas da população partilham o mesmo risco geral em relação ao abuso de substâncias, apesar do nível do risco variar entre os indivíduos.
Segundo Eddy et al. (1965) é "um estado adaptativo que se manifesta por intensos distúrbios físicos, quando a administração de uma droga é suspensa".
Segundo Gordon (1987), dirige-se a indivíduos com comportamentos de risco que apresentam problemas familiares, escolares e de relacionamento ao nível do grupo de pares, ou seja considerados de grupo de alto risco. O objetivo dos programas de prevenção indicada é a redução dos primeiros consumos, da duração e dos comportamentos de risco e o atraso no início do abuso e da intensidade do consumo de substâncias.
Segundo Gordon (1987), dirige-se a subgrupos da população geral que estão em risco de consumirem substâncias, independentemente do risco individual – por exemplo: filhos de pais alcoólicos, indivíduos em situação de abandono escolar ou com insucesso escolar.
Supõe uma utilização frequente da substância psicoativa. Esta prática pode conduzir a outras formas de consumo, dependendo da substância, da frequência do consumo, das características pessoais e do ambiente que as rodeia.
Segundo Clayton (1992), “um atributo ou caraterística individual, condição situacional e/ou contexto ambiental que aumenta a probabilidade de uso/abuso de drogas”.
Consumo recorrente de substâncias psicoativas lícitas e/ou ilícitas devido à dependência física e psicológica. A droga torna-se o centro dos seus interesses e da sua vida.
Uma situação consequente à administração de uma substância psicoativa e que resulta em perturbações do nível da consciência, da cognição, da perceção, do juízo crítico, do afeto, do comportamento ou de outras funções e reações psicofisiológicas. A intoxicação depende do tipo e da dose da SPA e é influenciada pelo nível individual de tolerância e por outros fatores, tais como as expetativas culturais e pessoais acerca dos efeitos da SPA. As complicações podem incluir traumatismos, aspiração do vómito, delirium, coma e convulsões, dependendo da substância e do método de administração.
Privação voluntária do consumo de substâncias psicoativas. Não confundir com “síndrome de abstinência”.
Condição patológica caracterizada pelo uso compulsivo de substâncias psicoativas, apesar das consequências negativas desse consumo.
Tipo de SPA que acelera a atividade do sistema nervoso central (SNC); aumenta a atividade psicomotora, aumentando a produção de determinados neurotransmissores, especialmente nas sinapses cerebrais.
Capacidade do corpo para se adaptar aos efeitos de uma substância psicoativa, ou seja, o consumidor frequente necessita de doses mais elevadas da substância para alcançar os efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas.
Indivíduo que sofre de alcoolismo.
Toda e qualquer substância psicoativa proibida por lei.
É um estimulante sintetizado em laboratório, proveniente da folha do arbusto Erytroxylon coca. Esta substância age na comunicação entre os neurónios, prolongando a ação de outra substância, a dopamina. A cocaína pode ser consumida de várias maneiras, mas a mais comum é aspirada, já que normalmente apresenta a forma de pó. O efeito dura de 20 a 30 minutos e é seguido de irritabilidade, cansaço e depressão. O uso em altas doses pode provocar alucinações, agitação, extrema paranóia e agressividade. A quinina, uma substância que pode estar misturada com a cocaína, pode levar à cegueira irreversível. Mesmo o uso moderado desta substância é perigoso devido ao alto risco de falência do coração que ela provoca. Infeções sanguíneas, pulmonares e coronárias também estão na lista de consequências do uso contínuo da cocaína.
É uma planta cujo nome científico é Cannabis Sativa. A substância ativa responsável pelos efeitos no organismo é o THC ou tetrahidrocanabinol. A cannabis pode ser ingerida juntamente com alimentos ou bebida em forma de chá, mas a principal forma de consumo é a fumada. Os seus efeitos dependem da quantidade utilizada, afetando a coordenação motora e a memória. A contínua exposição ao fumo tóxico pode ocasionar diversos problemas de saúde, incluindo diversos cancros no aparelho respiratório.
Substância derivada do ópio. Além de ser extremamente nociva ao organismo, a heroína causa rápida dependência física e psíquica. Age como um poderoso depressor do sistema nervoso central. Pode ser inalada ou fumada, mas normalmente é injetada. O consumidor fica sedado, com dificuldades na fala, a boca seca e as pupilas muito contraídas. Em combinação com outros depressores, como o álcool, o risco de overdose aumenta consideravelmente. O uso constante desta droga resulta em abcessos na pele, infeções no coração, doenças no fígado, surdez, cegueira, delírios, inflamação das válvulas cardíacas, coma e até morte. Se for consumida na forma injetada, pode causar necrose (morte dos tecidos) das veias. O corpo perde também a capacidade de controlar a temperatura, e o consumidor passa a sentir calafrios constantes. O estômago e o intestino ficam completamente descontrolados, o que causa vómitos frequentes, diarreias e fortes dores abdominais.
Droga opiácea sintética usada na terapia dos dependentes de opióides. É administrada oralmente sob supervisão terapêutica.
Principal substância psicoativa do tabaco. Pode ser inalada do fumo do tabaco ou como tabaco de mascar, rapé ou goma de mascar. A nicotina é rapidamente absorvida através dos pulmões e chega ao cérebro em segundos. Devido ao seu rápido metabolismo, os níveis cerebrais de nicotina caem rapidamente e o fumador sente um desejo intenso (craving) de mais um cigarro, 30-45 minutos depois de fumar o último. Sente ainda, irritabilidade, ansiedade, raiva, dificuldade de concentração, aumento do apetite, diminuição da frequência cardíaca e, por vezes, dor de cabeça e perturbações do sono. O uso prolongado do tabaco pode resultar em diversos cancros, em doenças cardiovasculares, em bronquite crónica, em enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e outros transtornos físicos.
Substância psicoativa derivada da papoila (Papaver somniferum) que produz analgesia, euforia e, em doses mais elevadas, estupor, coma e depressão respiratória. O termo opiáceo não abrange os opióides sintéticos.
São drogas cuja produção, uso e comercialização são permitidos por lei, como exemplo temos as bebidas alcoólicas e o tabaco. Apesar da sua legalidade, a quantidade, a frequência e a quantidade do seu uso podem causar danos na saúde do indivíduo.
Droga sintética ilícita com efeitos estimulantes e alucinogéneos, apresenta-se sob a forma de comprimidos e ocasionalmente em cápsulas. Tem como princípio ativo o metilenodioxidometaanfetamina (MDMA). Os efeitos colaterais incluem espasmo do maxilar, náuseas, cólicas, visão turva, paranóia, depressão e reações musculares. O maior perigo desta SPA é o aumento da temperatura do corpo, que causa febre alta e desidratação, o que pode resultar em ataque cardíaco e falência do fígado e dos rins.
A euforia é geralmente considerada como um estado de bem-estar físico e emocional exagerado, por vezes induzido pelo uso de drogas psicoativas e normalmente não atingido durante o curso normal da experiência humana. No entanto, alguns comportamentos naturais, como atividades que resultem em orgasmo, amor, ou o triunfo de um atleta, podem induzir breves estados de euforia. A euforia também já foi citada durante certos rituais religiosos ou espirituais e meditação. A euforia também pode ser o resultado de um distúrbio mental, incluindo o distúrbio bipolar, a ciclotimia e o hipertiroidismo, e também pode resultar de um ferimento na cabeça. A euforia também pode ocorrer em caso de doenças que afetem o sistema nervoso, como a sífilis e a esclerose múltipla.
Planta da qual é extraída a nicotina, principal substância do tabaco. Possui alto poder aditivo, prejudica a digestão, causa taquicardia, da pressão arterial e da frequência respiratória e provoca tremores, insónia, náusea, diarreia, vómitos, cefaleia, tontura, fraqueza, dor no peito e sérios danos ao sistema respiratório, pode ocasionar doenças como pneumonia, enfisema pulmonar e infecção das vias respiratórias. O tabaco apresenta ainda várias substâncias que podem causar cancro em diversas partes do corpo, como boca, esófago, laringe, pulmão, rins, pâncreas e bexiga. O fumo do cigarro pode contribuir para o surgimento de cancro e doenças respiratórias até mesmo em pessoas que não fumam, mas convivem com fumadores. A maioria dos fumadores começa a fumar durante a adolescência. Além da nicotina, o cigarro contém um grande número de substâncias tóxicas, como o alcatrão e o monóxido de carbono.
Segundo a Organização Mundial de Sáude (OMS) é toda a substância, natural ou sintética, que altera o funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC), deprimindo-o, estimulando-o ou criando ruturas psicóticas.
Substância psicoativa.
Sistema Nervoso Central.
Abreviatura de dietilamina do ácido lisérgico. O LSD é um alucinogéneo consumido normalmente dissolvido em pedaços de papel muito pequenos, chamado “pontos”, e pode ser encontrado até mesmo em cápsulas. Esta droga provoca euforia, distorções visuais e sensitivas, desorientação, náuseas e tremores. Pode também causar o que os consumidores chamam de “bad trip” (má viagem), e/ou “flashbacks”.
Tetrahidrocannabinol - substância psicoativa da cannabis.
Como saber se determinado jovem/adulto consome substâncias psicoativas?
Os sinais de alerta para o consumo de substâncias psicoativas são muito variados. Face a estes sinais é, no entanto, importante não se precipitar em concluir que o jovem ou adulto consome, porque também podem ser indícios de que algo não está bem.
Sinais de alerta – Físicos
Sinais de alerta – Emocionais e comportamentais
Sensação de necessidade de usar determinada droga para sentir bem estar. Muitas vezes os consumidores procuram os efeitos iniciais do uso da droga.
Conjunto de sintomas físicos e/ou psicológicos desagradáveis, manifestados nos indivíduos que suspendem bruscamente o consumo de substâncias psicoativas (SPA).
Segundo Gordon (1987), dirigida à população em geral. Tem como objetivo prevenir ou retardar o uso e o abuso de drogas lícitas e ilícitas. Todas as pessoas da população partilham o mesmo risco geral em relação ao abuso de substâncias, apesar do nível do risco variar entre os indivíduos.
Segundo Eddy et al. (1965) é "um estado adaptativo que se manifesta por intensos distúrbios físicos, quando a administração de uma droga é suspensa".
Segundo Gordon (1987), dirige-se a indivíduos com comportamentos de risco que apresentam problemas familiares, escolares e de relacionamento ao nível do grupo de pares, ou seja considerados de grupo de alto risco. O objetivo dos programas de prevenção indicada é a redução dos primeiros consumos, da duração e dos comportamentos de risco e o atraso no início do abuso e da intensidade do consumo de substâncias.
Segundo Gordon (1987), dirige-se a subgrupos da população geral que estão em risco de consumirem substâncias, independentemente do risco individual – por exemplo: filhos de pais alcoólicos, indivíduos em situação de abandono escolar ou com insucesso escolar.
Supõe uma utilização frequente da substância psicoativa. Esta prática pode conduzir a outras formas de consumo, dependendo da substância, da frequência do consumo, das características pessoais e do ambiente que as rodeia.
Segundo Clayton (1992), “um atributo ou caraterística individual, condição situacional e/ou contexto ambiental que aumenta a probabilidade de uso/abuso de drogas”.
Consumo recorrente de substâncias psicoativas lícitas e/ou ilícitas devido à dependência física e psicológica. A droga torna-se o centro dos seus interesses e da sua vida.
Uma situação consequente à administração de uma substância psicoativa e que resulta em perturbações do nível da consciência, da cognição, da perceção, do juízo crítico, do afeto, do comportamento ou de outras funções e reações psicofisiológicas. A intoxicação depende do tipo e da dose da SPA e é influenciada pelo nível individual de tolerância e por outros fatores, tais como as expetativas culturais e pessoais acerca dos efeitos da SPA. As complicações podem incluir traumatismos, aspiração do vómito, delirium, coma e convulsões, dependendo da substância e do método de administração.
Privação voluntária do consumo de substâncias psicoativas. Não confundir com “síndrome de abstinência”.
Condição patológica caracterizada pelo uso compulsivo de substâncias psicoativas, apesar das consequências negativas desse consumo.
Tipo de SPA que acelera a atividade do sistema nervoso central (SNC); aumenta a atividade psicomotora, aumentando a produção de determinados neurotransmissores, especialmente nas sinapses cerebrais.
Capacidade do corpo para se adaptar aos efeitos de uma substância psicoativa, ou seja, o consumidor frequente necessita de doses mais elevadas da substância para alcançar os efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas.
Indivíduo que sofre de alcoolismo.
Toda e qualquer substância psicoativa proibida por lei.
É um estimulante sintetizado em laboratório, proveniente da folha do arbusto Erytroxylon coca. Esta substância age na comunicação entre os neurónios, prolongando a ação de outra substância, a dopamina. A cocaína pode ser consumida de várias maneiras, mas a mais comum é aspirada, já que normalmente apresenta a forma de pó. O efeito dura de 20 a 30 minutos e é seguido de irritabilidade, cansaço e depressão. O uso em altas doses pode provocar alucinações, agitação, extrema paranóia e agressividade. A quinina, uma substância que pode estar misturada com a cocaína, pode levar à cegueira irreversível. Mesmo o uso moderado desta substância é perigoso devido ao alto risco de falência do coração que ela provoca. Infeções sanguíneas, pulmonares e coronárias também estão na lista de consequências do uso contínuo da cocaína.
É uma planta cujo nome científico é Cannabis Sativa. A substância ativa responsável pelos efeitos no organismo é o THC ou tetrahidrocanabinol. A cannabis pode ser ingerida juntamente com alimentos ou bebida em forma de chá, mas a principal forma de consumo é a fumada. Os seus efeitos dependem da quantidade utilizada, afetando a coordenação motora e a memória. A contínua exposição ao fumo tóxico pode ocasionar diversos problemas de saúde, incluindo diversos cancros no aparelho respiratório.
Substância derivada do ópio. Além de ser extremamente nociva ao organismo, a heroína causa rápida dependência física e psíquica. Age como um poderoso depressor do sistema nervoso central. Pode ser inalada ou fumada, mas normalmente é injetada. O consumidor fica sedado, com dificuldades na fala, a boca seca e as pupilas muito contraídas. Em combinação com outros depressores, como o álcool, o risco de overdose aumenta consideravelmente. O uso constante desta droga resulta em abcessos na pele, infeções no coração, doenças no fígado, surdez, cegueira, delírios, inflamação das válvulas cardíacas, coma e até morte. Se for consumida na forma injetada, pode causar necrose (morte dos tecidos) das veias. O corpo perde também a capacidade de controlar a temperatura, e o consumidor passa a sentir calafrios constantes. O estômago e o intestino ficam completamente descontrolados, o que causa vómitos frequentes, diarreias e fortes dores abdominais.
Droga opiácea sintética usada na terapia dos dependentes de opióides. É administrada oralmente sob supervisão terapêutica.
Principal substância psicoativa do tabaco. Pode ser inalada do fumo do tabaco ou como tabaco de mascar, rapé ou goma de mascar. A nicotina é rapidamente absorvida através dos pulmões e chega ao cérebro em segundos. Devido ao seu rápido metabolismo, os níveis cerebrais de nicotina caem rapidamente e o fumador sente um desejo intenso (craving) de mais um cigarro, 30-45 minutos depois de fumar o último. Sente ainda, irritabilidade, ansiedade, raiva, dificuldade de concentração, aumento do apetite, diminuição da frequência cardíaca e, por vezes, dor de cabeça e perturbações do sono. O uso prolongado do tabaco pode resultar em diversos cancros, em doenças cardiovasculares, em bronquite crónica, em enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e outros transtornos físicos.
Substância psicoativa derivada da papoila (Papaver somniferum) que produz analgesia, euforia e, em doses mais elevadas, estupor, coma e depressão respiratória. O termo opiáceo não abrange os opióides sintéticos.
São drogas cuja produção, uso e comercialização são permitidos por lei, como exemplo temos as bebidas alcoólicas e o tabaco. Apesar da sua legalidade, a quantidade, a frequência e a quantidade do seu uso podem causar danos na saúde do indivíduo.
Droga sintética ilícita com efeitos estimulantes e alucinogéneos, apresenta-se sob a forma de comprimidos e ocasionalmente em cápsulas. Tem como princípio ativo o metilenodioxidometaanfetamina (MDMA). Os efeitos colaterais incluem espasmo do maxilar, náuseas, cólicas, visão turva, paranóia, depressão e reações musculares. O maior perigo desta SPA é o aumento da temperatura do corpo, que causa febre alta e desidratação, o que pode resultar em ataque cardíaco e falência do fígado e dos rins.
A euforia é geralmente considerada como um estado de bem-estar físico e emocional exagerado, por vezes induzido pelo uso de drogas psicoativas e normalmente não atingido durante o curso normal da experiência humana. No entanto, alguns comportamentos naturais, como atividades que resultem em orgasmo, amor, ou o triunfo de um atleta, podem induzir breves estados de euforia. A euforia também já foi citada durante certos rituais religiosos ou espirituais e meditação. A euforia também pode ser o resultado de um distúrbio mental, incluindo o distúrbio bipolar, a ciclotimia e o hipertiroidismo, e também pode resultar de um ferimento na cabeça. A euforia também pode ocorrer em caso de doenças que afetem o sistema nervoso, como a sífilis e a esclerose múltipla.
Planta da qual é extraída a nicotina, principal substância do tabaco. Possui alto poder aditivo, prejudica a digestão, causa taquicardia, da pressão arterial e da frequência respiratória e provoca tremores, insónia, náusea, diarreia, vómitos, cefaleia, tontura, fraqueza, dor no peito e sérios danos ao sistema respiratório, pode ocasionar doenças como pneumonia, enfisema pulmonar e infecção das vias respiratórias. O tabaco apresenta ainda várias substâncias que podem causar cancro em diversas partes do corpo, como boca, esófago, laringe, pulmão, rins, pâncreas e bexiga. O fumo do cigarro pode contribuir para o surgimento de cancro e doenças respiratórias até mesmo em pessoas que não fumam, mas convivem com fumadores. A maioria dos fumadores começa a fumar durante a adolescência. Além da nicotina, o cigarro contém um grande número de substâncias tóxicas, como o alcatrão e o monóxido de carbono.
Segundo a Organização Mundial de Sáude (OMS) é toda a substância, natural ou sintética, que altera o funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC), deprimindo-o, estimulando-o ou criando ruturas psicóticas.
Substância psicoativa.
Sistema Nervoso Central.
Abreviatura de dietilamina do ácido lisérgico. O LSD é um alucinogéneo consumido normalmente dissolvido em pedaços de papel muito pequenos, chamado “pontos”, e pode ser encontrado até mesmo em cápsulas. Esta droga provoca euforia, distorções visuais e sensitivas, desorientação, náuseas e tremores. Pode também causar o que os consumidores chamam de “bad trip” (má viagem), e/ou “flashbacks”.
Tetrahidrocannabinol - substância psicoativa da cannabis.