Todos os dias, quando conduzimos, temos o dever e a responsabilidade de zelar pela nossa vida e pela dos outros, com quem nos cruzamos na estrada.

 

Quando é detetada uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,5 gr/l, o Código de Estrada prevê várias penas que vão desde sanções monetárias, à retirada da carta de condução e/ou prisão.

 

O consumo de bebidas alcoólicas é provavelmente, o fator de risco mais relevante na origem de muitos acidentes de viação, que infelizmente vitimam mortalmente, bem como provocam ferimentos graves num elevado número de condutores, peões e passageiros de motociclos e de veículos. Segundo os dados da Prevenção Rodoviária Portuguesa, um terço dos condutores que morreram em acidentes de viação em 2018, tinham taxas de álcool ilegais, e quase 25% possuíam taxas consideradas crime (mais de 1,2 gramas por litro), e 20% dos peões atropelados tinham mais de 0,5 g/l no sangue.

 

O álcool altera negativamente as aptidões psicofisiológicas dos condutores, potenciando alguns efeitos nas suas emoções e comportamentos, nomeadamente: reduz o campo visual, e provoca uma visão dupla; diminui a resistência à fadiga e ao sono; aumenta o tempo de reação e provoca descoordenação motora; altera os reflexos e a personalidade. Por todos estes efeitos, é incompatível o consumo de bebidas alcoólicas com a condução de qualquer tipo de veículo.

 

É com o mote “Na minha estrada não corro riscos” que a Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências, do Instituto de Administração da Saúde, IP-RAM, concebeu o Projeto “Prevenção sobre Rodas”. Este conta com a parceria da Polícia de Segurança Pública e visa sensibilizar e informar os motociclistas e condutores da RAM, acerca dos riscos e do impacto do álcool e de outras substâncias lícitas e ilícitas na condução.

 

Estabeleceu-se, ainda, uma parceria com a Direção Regional de Economia e Transportes, com o objetivo de se intervir junto dos instrutores das escolas de condução. As escolas de condução são um meio privilegiado para desenvolver ações de prevenção, no âmbito dos acidentes de viação provocados por um condutor sob o efeito de substâncias psicoativas. Neste sentido, os instrutores são agentes preventivos na formação dos futuros condutores, consciencializando-os acerca de uma condução preventiva e responsável, na transmissão de informação, bem como, no desenvolvimento pessoal e social dos alunos, motivando-os para evitar os comportamentos de risco na condução.

 

Para que a condução se processe com a máxima segurança possível, não ingira álcool ou outras substâncias psicoativas que modifiquem as suas capacidades cognitivas e percetivas. Não corra riscos desnecessários na sua estrada!

 

MÓNICA MELIM

 

psicóloga clínica

 

In “JM-Madeira”