Projecto da UCAD (IASAÚDE) dirigido aos alunos finalistas do Ensino Secundário

Mais de 2.300 alunos finalistas do Ensino Secundário e Profissional da Região já foram abrangidos, no corrente ano lectivo pelo projecto ‘Diversão Sem Riscos’, uma iniciativa do Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE) através da Unidade Operacional de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências (UCAD).

 

O projecto iniciado no ano lectivo 2013/2014, tem como objectivo a prevenção do consumo de álcool, tabaco e outras substâncias psicoactivas, junto dos alunos finalistas do ensino secundário, através do envolvimento das Comissões de Finalistas.

 

Segundo explica Nélson Carvalho, responsável pela UCAD, no primeiro ano, o ‘Diversão Sem Riscos’ abrangeu apenas alunos de três escolas, mas rapidamente o projecto chegou a cada vez mais escolas e alunos. “Fomos alargando ao máximo possível de escolas do Ensino Secundário, uma vez que há sempre eventos como os bailes e as viagens de finalistas, há uma necessidade de ir à procura destes jovens e sensibilizá-los para a importância de participarem nesses eventos sem correr riscos”, refere.

 

No corrente ano lectivo foram abrangidas 15 escolas por este projecto, sendo que foram realizadas 11 acções de sensibilização com o envolvimento das Direcções das escolas, das Comissões de Finalistas e dos alunos Finalistas em geral, de acordo com uma calendarização pré-definida entre a UCAD e as escolas. Em quatro escolas, por motivos de calendário escolar, foram apenas enviados os folhetos para divulgação das mensagens aos finalistas. O último estabelecimentos de ensino a ser abrangido será a Escola Profissional Atlântico, na próxima quarta-feira, dia 6, acrescenta Nelson Carvalho.

 

Prevenir, reduzir riscos e minimizar danos

 

É através do ‘Diversão Sem Riscos’ que, o IASAÚDE, através da UCAD intervém assim em dois dos momentos ‘altos’ do calendário escolar: por altura dos Bailes e antes das Viagens de Finalistas, por motivos que se prendem com o facto de estarem por sua conta e risco, mais vulneráveis à pressão de grupo, de estarem longe da escola e dos professores e longe dos pais e encarregados de educação.

 

Nelson Carvalho diz que o objectivo é “prevenir por um lado e, por outro, reduzir riscos e minimizar danos, uma vez que estes momentos são únicos na vida dos estudantes, em que muitas vezes estão sem os pais, e por isso, tentamos consciencializá-los para a importância de gozar o evento da forma mais saudável possível e advertindo para as consequências dos possíveis excessos”.

 

Assim, a actividade assenta na disseminação de uma mensagem positiva, nomeadamente que é possível divertirem-se sem correr riscos, sem moralismos ou fundamentalismos. “Sabemos que alguns poderão cometer alguns excessos. Por isso, precisam saber o que fazer em determinadas situações (de emergência) para minimizar os riscos”.

 

O responsável sublinha ainda que tem havido uma grande adesão por parte das escolas e dos alunos. “É importante estarmos todos em sintonia”, afirma Nélson Carvalho, acrescentando que “sendo certo que estamos perante um problema social transversal, desta forma é muito mais fácil prevenir o consumo de substâncias psicoactivas”.

 

O ‘Diversão Sem Riscos’ é apenas um dos vários projectos que são desenvolvidos pela UCAD na área da prevenção das dependências. Nélson Carvalho explica que. ao longo de todo o ano, esta unidade trabalha em várias contextos de intervenção, não apenas nas escolas, mas também em contextos laborais, desportivos, comunitários, recreativos nocturnos, junto de jovens em instituições de acolhimento. Todas estas acções e contextos de intervenção, fez com que o trabalho desenvolvido pela UCAD abrangesse em 2016, cerca de 33 mil pessoas de várias idades.

 

A contabilização das actividades e abrangência das mesmas relativamente ao corrente ano ainda não está finalizada, mas o responsável estima que o total de pessoas seja superior ao registado no ano transacto.

 

ANA LUÍSA CORREIA

 

In Diário de Notícias”