Mais vacinas contra a Gripe

 

A campanha regional de vacinação gratuita contra a gripe sazonal arrancará este ano na primeira semana de Outubro.

A data foi avançada ao DIÁRIO pelo presidente do Conselho Directivo do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais (IASAÚDE), Herberto Jesus, acrescentando porém que o arranque da campanha está sempre dependente da disponibilização das vacinas por parte dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que gerem a Central de Compras do país em matéria de vacinas.

 

Para evitar atrasos, os pedidos já foram feitos à SPMS. Segundo adianta Herberto Jesus, foram requeridas pela Região 34 mil doses da vacina contra a gripe, mais mil doses do que o total pedido em 2016.

 

Este aumento foi pensado com vista a um acréscimo na cobertura vacinal, sobretudo junto da população com idade igual ou superior a 65 anos. O presidente do IASAÚDE explica que o objectivo é garantir 60% de cobertura vacinal nessa faixa etária.

 

Segundo o IASAÚDE, na campanha do ano passado, a taxa de cobertura vacinal nas pessoas com 65 e mais anos foi de 52%. “Se conseguirmos cobrir 60% desta população, teremos maior sucesso garantido na prevenção de outros problemas associados à gripe”, diz ainda.

 

Mas a verdade é que ainda há várias pessoas, mesmo com mais de 65 anos, que não estão predispostas à vacinação contra a gripe. “No ano passado sobraram cerca de mil vacinas”, adianta o responsável.

 

Para tentar evitar que isso se repita, este ano haverá um trabalho prévio e reforçado de informação e de sensibilização sobre a importância desta vacina dirigida aos utentes dos centros de saúde da Madeira e do Porto Santo. Herberto Jesus diz que este trabalho de divulgação deverá arrancar já na segunda metade do mês de Setembro.

 

O objectivo é mesmo o de começar a campanha de vacinação o mais cedo possível e ter a maioria das vacinas administradas até ao final do mês de Novembro. “Estamos a insistir para actuar mais cedo, porque não sabemos este ano como vai ser”, diz Herberto Jesus tendo em mente que “o pico da actividade gripal no ano passado foi atípico: foi em Dezembro e habitualmente é em Fevereiro”, explica.

 

Evitar morbilidade e mortalidade

 

Herberto Jesus sublinha que “a gripe é um importante problema de saúde pública”. Daí a vacinação ser fundamental. “Se nós actuarmos do ponto de vista da prevenção, podemos evitar muitos problemas em termos da morbilidade e mortalidade associadas”.

 

É por isso que o presidente do IASAÚDE chama a atenção para a vacinação não se limitar à campanha regional que é gratuita para os chamados grupos-alvo prioritários: pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos com seis meses ou mais de idade, grávidas e ainda profissionais de saúde ou outros prestadores de serviço.

 

“Além destes grupos-alvo, algumas pessoas, e de acordo comas recomendações do médico assistentes, podem e devem adquirir a vacina contra a gripe nas farmácias”, diz o presidente do IASAÚDE. É o caso de coabitantes e prestadores de cuidados a crianças com menos de seis meses que tenham risco elevado de desenvolver complicações, coabitantes de pessoas com patologias crónicas que não possam ser vacinadas ou tenham imunosupressão, pessoas com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos e ainda profissionais cuja actividade resulte num risco acrescido de contrair e/ou transmitir gripe.

 

Uma circular informativa do IASAÚDE, datada do passado dia 19 de julho, determina que as receitas médicas nas quais sejam prescritas exclusivamente vacinas contra a gripe, e emitidas a partir do dia 1 de Julho, estas sejam válidas até 31 de Dezembro do corrente ano.

 

In “Diário de Notícias”